O interesse pela carreira jurídica, na realidade, surgiu em minha vida de forma bem paulatina. Com origem interiorana, tinha a idéia de que, como médica, poderia ajudar muitas pessoas e me realizar profissionalmente.
Ainda no colegial, no entanto, fui “perseguida” por doces professores “mexeriqueiros” que, por conta da minha paixão por literatura e humanas, associada ao meu perfil contestador e dinâmico, passaram a dizer que “daria uma boa advogada”. Inicialmente, uma idéia inusitada, mas que foi crescendo e tomando forma. As personagens de John Grisham me seduziam e a busca por informações acerca da profissão foi inevitável.
O início da faculdade foi perfeito e, cada dia que se seguia, só aumentava a minha certeza de que tinha abraçado a profissão correta. Hoje, com quase 14 anos de militância advocaticia na capital da Bahia, posso dizer que ser ADVOGADO, é não encontrar fronteiras na busca da justiça e, parafraseando RUY BARBOSA, o mais nobre advogado da história:
“[...] nós juristas, especialmente nós advogados, não somos os instrumentos mercenários dos interesses das partes. Temos uma alta magistratura, tão elevada quanto aos que vestem as togas, presidindo os tribunais; somos os auxiliares naturais e legais da justiça; e, pela minha parte, sempre que diante de mim se levanta uma consulta, se formula um caso jurídico, eu o encaro sempre como se fosse um magistrado a quem se propusesse resolver o direito litigiado entre partes. Por isso, não corro da responsabilidade senão quando a minha consciência a repele.”